quarta-feira, 28 de abril de 2010

A perseverança na oração

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«Importa muito, e acima de tudo,
uma determinada determinação
de não parar até chegar à fonte de água viva,
venha o que vier,
suceda o que suceder,
custe o que custar,
murmure quem murmurar,
quer chegue ao fim,
quer morra no caminho,
ou falte coragem para os sofrimentos que nele se encontram.
Ainda que o mundo venha abaixo, havemos de prosseguir»
[Santa Teresa de Jesus, Caminho de Perfeição]

sábado, 24 de abril de 2010

IV Domingo da Páscoa | Bom Pastor


Comunhão
Tal como o camponês, que canta a semear
A terra,
Ou como tu, pastor, que cantas a bordar
A serra
De brancura,
Assim eu canto, sem me ouvir cantar,
Livre e à minha altura.
Semear trigo e apascentar ovelhas
É oficiar à vida
Numa missa campal.
Mas como sobra desse ritual
Uma leve e gratuita melodia,
Junto o meu canto de homem natural
Ao grande coro dessa poesia.
[Miguel Torga]

terça-feira, 20 de abril de 2010

Unamos esforços...



«Uma das coisas que pode fazer uma diferença duradoura no nosso contentamento pessoal é trabalhar com outras pessoas numa causa maior que nós próprios». [Haidt]

Agora, já sei!


Entardecia. O caminhante respirou esperançado. Ali, junto àquela casa de campo, um homem ceifava erva. De certeza - dizia a si mesmo - que aquele bom homem lhe saberia dizer quanto lhe faltava ainda para chegar à próxima aldeia.
«Boas tardes, amigo - saudou o caminhante -. Falta muito para chegar à aldeia? Quanto demorarei a chegar lá?».
A resposta do camponês foi um encolher de ombros. Mais do que admirado pelo silêncio, ficou mal-humorado por o camponês não lhe ter dado qualquer resposta e ter sido tão pouco educado. E assim lá continuou o seu caminho mergulhado em tristes pensamentos.
Tinha andado apenas uns duzentos metros quando ouviu um grito nas suas costas: «Oiça amigo, vai demorar aí umas duas horas a chegar à aldeia». «Certo, muito obrigado - gritou do mesmo modo e com mau génio o caminhante -. E porque não teve a amabilidade de mo dizer quando lho perguntei»? «Desculpe, senhor - respondeu o camponês - é que há pouco eu não sabia a que velocidade o senhor andava. Agora, já sei».

[Afonso Francia]

segunda-feira, 19 de abril de 2010

5 anos de Pontificado


«Nós podemos ter certeza de que o nosso
amado papa está na janela da casa
do Senhor, de onde ele nos vê e nos abençoa.»
[Papa Bento XVI]

sábado, 17 de abril de 2010

III Domingo da Páscoa

ELE pede um Amor à sua medida…

a Sua Palavra é caminho abastecido de sentido!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Que vais fazer na quinta-feira à noite?

NOITES DO CARMO

Que vais fazer na quinta-feira à noite?
Quinta-feira, dia 22 Abril, pelas 21:00h

Convento do Carmo - Sala dos Terceiros
Viana do Castelo


«Vós sereis minhas testemunhas»
Dr. Manoel Batista


http://chamadocarmo.blogspot.com/2010/04/que-vais-fazer-na-quinta-feira-noite.html

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A minha oração de homem de hoje

Escrever, para mim, significa sobretudo enfrentar uma luta contra os inimigos que tentam convencer-me de que não o faça: o cansaço, a preguiça, a pressão dos compromissos de governo, compreendidos (talvez erradamente) como mais importantes, o medo de acrescentar palavras supérfluas às que já foram ditas e, por último e não menos importante, a dúvida sobre o modo como será recebido e compreendido o que escrevo. Tenho de confessar que muitas vezes saio desta luta vencido, o que pode ser uma sorte para os meus irmãos e irmãs.

Mas hoje tinha à minha disposição duas armas ocasionais que me fizeram vencer: a Sexta-feira Santa, um dia em que estamos mergulhados numa atmosfera de mais recolhimento e mais disponíveis para os exercícios penitenciais. Além disso, hoje é o aniversário da morte de João Paulo II, de quem recordo com emoção um gesto: a sua confissão da culpa da Igreja e o seu pedido de perdão. A quem tivesse dúvida ou perplexidade perante esse facto inaudito na história da Igreja, respondia: “Não temos de ter medo à verdade; a verdade far-nos-á livres”. Em sua memória e com o seu exemplo, disponho-me a partilhar convosco a minha última experiência da leitura do livro da Vida de Teresa.

Hoje de manhã, relia o capítulo 10. Sabemos que é um nó crucial entre a narração autobiográfica e a secção doutrinal dos capítulos seguintes. Podemos considerá-lo como uma introdução ao tratado da oração dos capítulos 11 a 21, tal como o célebre capítulo 22, sobre a Humanidade de Cristo, constitui a conclusão. A doutrina dos quatro graus de oração é como uma corda esticada entre dois pontos fixos: o meu eu e Cristo. A imagem pode ajudar-nos a compreender que, se faltar um dos dois pontos, a corda perde tensão, afrouxa e já não serve para “saltar”. E eu pergunto-me se não será isto o que nos acontece amiúde. A oração não está tensa, não é o lugar nem o tempo em que eu me estendo e mergulho nesse estrato mais profundo de mim mesmo, do mundo, da vida, onde Ele me espera.

Faz parte de uma experiência autêntica de oração o atravessar diversos limiares, passando do mais superficial ao mais profundo, do mais conhecido ao menos conhecido, e é tanto mais fundamental quanto o final é sempre o próprio centro da alma: a certeza de sermos amados. Quanto mais nos aproximamos deste centro mais ele nos atrai, até ao ponto de que a sua força vence cada uma das nossas resistências, e não nos resta senão abandonarmo-nos passivamente a ela.

Mas, qual é a estaca que não sustenta a minha oração de homem de hoje? A este respeito, tenho poucas dúvidas: a primeira estaca que a não sustenta é o meu eu. Teresa sabe bem que não se pode ser homem de oração sem uma estima de si próprio, não fundada em nós, mas no amor de Deus por nós. Por isso, o capítulo 10 insiste tanto na necessidade de não “acobardar o ânimo”, antes, pelo contrário, animá-lo e fortificá-lo:

“Pois, como aproveitará e gastará com largueza quem não entende que está rico? É impossível – a meu parecer –, dada a nossa natureza, ter ânimo para grandes coisas quem não compreende que é favorecido por Deus. É que somos tão miseráveis e tão inclinados às coisas da terra, que mal poderá aborrecer, de facto, tudo o que é cá de baixo e com grande desapego, quem não entender que tem algum penhor lá de cima” (Santa Teresa de Jesus, Livro da Vida, 10,6).

A Teresa não lhe bastam somente as “verdades da fé” para introduzir-se no caminho da oração. Tem necessidade de que o seu eu seja despertado e reforçado, porque, por natureza, é demasiado fraco e débil.

Se isto foi verdadeiro para ela, quanto mais o não será hoje para nós! Temos um medo grande de despertar o nosso eu, a nossa liberdade, com as suas potencialidades, mas também com as suas responsabilidades morais e espirituais. No nosso mundo desenvolvido e super-equipado, limitamo-nos, por medo, a viver o mínimo das nossas possibilidades. É uma forma de imaturidade, pela qual, talvez, sob as mentiras desprovidas de humildade, que Teresa inexoravelmente desmascara como um engano, tendemos a minimizar o nosso empenho e os nossos objectivos, para que tudo esteja sob o nosso controlo.

Se a nossa oração está em crise é porque nós próprios estamos em crise, a maneira de nos conhecermos e compreendermos. Só uma experiência poderá fazer-nos crescer, precisamente aquela experiência fundamental de que fala Teresa: “vir-me a desoras um tal sentimento da presença de Deus, que de nenhuma maneira podia duvidar de que estivesse dentro de mim e eu toda engolfada n’Ele” (10,1)"

[Frei Savério Cannistrà, OCD, Geral da Ordem]

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cinco amores

Um homem tinha tido cinco amores na vida: o dinheiro, a beleza, a mulher, a fama e as boas acções. Quando estava para morrer, mandou-os chamar para se despedir deles. E disse-lhes: «Meus amigos, eu vou morrer. Adeus».


A beleza disse-lhe: «Já sabias que não era um amor definitivo. Tudo o que é bom acaba, deste modo agora deves resignar-te. Adeus!».


O dinheiro consolou-o, dizendo: «Já sabes que vou estar contigo até ao fim. Terás um enterro solene. E depois acenderei uma grande vela pelo descanso da tua alma».


A sua mulher, chorosa, acariciava-o e dizia-lhe: «Quis-te sempre e sempre te recordarei. Acompanhar-te-ei até ao túmulo. Conservar-te-ei nessa foto e no coração. Prometo que te levarei frequentemente flores».


A fama aproximou-se dele e disse-lhe muito alto para que todos ouvissem: «Alegra-te, poucos morrem com tanta fama. Haverá muita gente no teu enterro. A imprensa e a televisão falarão de ti durante alguns dias».


Por último, aproximaram-se as boas acções e, com muito carinho e serenidade, disseram-lhe: «Nada temas. Alegra-te. Nós não nos despedimos, nem choramos nem fazemos promessas. Nós, para além de consolo, damos-te alegria. Duramos muito mais que a fama. Somos tão eternas como tu. A tua eternidade será feliz graças a nós».

[Afonso Francia]

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Crónica do IV Encontro dos Amigos das Missões Carmelitas



Nos dias 10 e 11 de Abril de 2010, na Domus Carmel, em Fátima, realizou-se o IV Encontro dos Amigos das Missões Carmelitas com o tema: "Alarga novos horizontes da Missão". Este encontro começou com recepção aos leigos e amigos, que o tempo e a distância não nos faz estar presentes tantas vezes. Após os abraços, e um momento de oração, tivemos o privilégio de conhecer o Pe. Fernando Simões, Missionário da Boa Nova. Já se encontra em Portugal há 10 anos. Esteve em Moçambique desde 71. O Pe. Fernando Simões, de uma forma alegre e muito divertida, contou a sua experiência em terras de missão. Transmitiu-nos que todo o Ser tem que agir e viver com afectividade para sermos e podermos fazer alguém feliz. Referiu que ninguém é missionário porque quer, ninguém se envia. É Deus que envia. A Honestidade e a humildade, fazem parte da fórmula que um missionário deve ter junto ao seu conhecimento da vida religiosa para poder evangelizar. È tudo um conjunto de coisas que vão crescendo em nós e com as quais aprendemos para podermos cumprir a nossa missão. Que assimilemos com o apóstolo São Paulo, “que o amor de Cristo nos impele”, porque ser missionário é uma questão de atitude!
Da parte da tarde o Américo Lisboa Azevedo, um escritor, que nasceu com paralisia cerebral, veio até nós para dar o seu testemunho, testemunho com o qual nos deliciamos, e em silêncio o ouvimos atentamente. A sua história é uma grande lição de vida, um Cristo vivo, presente em nós. Sente-se enviado, sente-se missionário e em cada novo dia leva a grandeza de descobrir Jesus Cristo aos outros. Contou-nos como descobriu Jesus na sua vida. E como esta descoberta, este terreno fértil o faz anunciar este Cristo vivo e ressuscitado. Mostrou-nos uma realidade diferente. Fez-nos ver, sentir e repensar no valor que depositamos na mediocridade dos nossos problemas. Deus deu-lhe algumas limitações, mas deu-lhe a missão de viver e a missão de transmitir ao mundo que todos têm o direito de viver com o amor de Cristo nos corações. Como o Américo nos disse “eu sou um instrumento de Deus” e sim, naquela tarde aquele amigo encheu-nos o Coração de amor, de esperança. Transpareceu a sua fé e amor por Deus e contagiou-nos com a sua força. O Américo é Ele e a sua própria circunstância de vida. Deixou-se Amar e convidou-nos nesta tarde a amar… È feliz quando nos transmite este tesouro que é Deus. Estar com ele, ouvi-lo foi para todos nós uma graça! Na mesa da eucaristia finalizando esta tarde fortalecemos laços com Ele e com os irmãos.
Quer na noite de Sábado quer na manhã de Domingo, ouvimos os testemunhos missionários, de quem esteve presente na Missão de São Roque, Moçambique. A Laura, Emília e os nossos amigos espanhóis, Moisés e Marta. Trouxeram consigo os seus belos testemunhos, notícias das crianças do orfanato e partilharam connosco e com os padrinhos das mesmas o dia-a-dia delas, assistimos à visualização de filmes e fotografias vivemos um pouquinho daquele “mundo” que permanece em nós. Sentimos a imensidão daquela força da natureza a majestosa e maravilhosa alegria de ser missionário nas nossas missões carmelitas. O Frei Joaquim, Artur, Verónica e a Annabel, apresentaram as contas e novos projectos missionários. Na Eucaristia do Domingo II da Páscoa, finalizamos com grande alegria este encontro com a certeza de que para o ano estaremos no V encontro. Até lá, continuaremos vivos numa Igreja que chama. Que nos convida à Missão.

[Márcia Silva I Jovem Missionária Carmelita Grupo kanimambo - Viana do Castelo]

domingo, 11 de abril de 2010

IV Encontro dos Amigos das Missões Carmelitas


Nos dias 10 e 11 de Abril de 2010, na Domus Carmel, em Fátima, realizou-se o IV Encontro dos Amigos das Missões Carmelitas. Uma encontro pensado e amado por muitos... um espaço de partilha desta vida missionária que levamos dentro de nós. Juntos, de longe ou de perto, continuaremos a Amar e a caminhar. Aqui vos deixamos algumas fotos deste encontro. A crónica virá a seguir...

sábado, 10 de abril de 2010

II Domingo de Páscoa


Este VER é sobretudo força de um Amor!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Para Ti


Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo

Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre

Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida

[Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"]

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Qual seria o teu discurso?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Adoração Eucaristica | Abril


ADORAÇÃO EUCARÍSTICA
ENTREGA-TE A DEUS, DESCANSA NA SUA PRESENÇA!

QUARTA-FEIRA – 7 DE ABRIL - 18H15 CONVENTO DO CARMO

HTTP://ULTIMOMISSIONARIO.BLOGSPOT.COM

domingo, 4 de abril de 2010

Contemplar Cristo com os olhos de Maria


Vai à escola de Maria
e, através dos seus olhos,
contempla o Senhor Jesus,
o filho que ela olha,
agora ressuscitado
na glória dos altos Céus,
e cá em baixo, onde quis
sempre connosco ficar,
na humildade do Pão
que quer ser, em cada Altar.

Vai à escola de Maria
e, através dos seus olhos,
onde o Sol se faz mais próximo
e mais doce o Seu fulgor,
contempla com grande encanto
Cristo Jesus, teu Senhor.

[João Paulo II]

Ressuscitou!

Domingo de Páscoa: Ressuscitou!

«Cantai sem medo! A cruz foi no calvário
que Deus a ergueu, como a anunciar a vida!»
[Pedro Homem de Mello]

sábado, 3 de abril de 2010

Sábado Santo

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sexta-feira Santa


De Profundis
Do fundo do abismo clamo a ti, Senhor!
Senhor, ouve a minha prece!
Estejam teus ouvidos atentos
à voz da minha súplica!
Se tiveres em conta os nossos pecados,
Senhor, quem poderá resistir?
Mas em ti encontramos o perdão;
por isso te fazes respeitar.
Eu espero no Senhor! Sim, espero!
A minha alma confia na sua palavra.
A minha alma volta-se para o Senhor,
mais do que a sentinela para a aurora.
Mais do que a sentinela espera pela aurora,
Israel espera pelo Senhor;
porque nele há misericórdia
e com Ele é abundante a redenção.
Ele há-de livrar Israel
de todos os seus pecados. (Salmo 129)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quinta-feira Santa: Celebração da Ceia do Senhor!

Esta é a noite do Amor eterno.
Esta é a noite em que Ele não nos deixará nunca!
Não O deixemos. Fiquemos com Ele!