A casa saiu espaçosa e sólida. Em volta dela foram preparados um lindo jardim com muitas flores e um pomar com todo o tipo de árvores de frutas.
O pai construtor, com legitima satisfação, entregou a casa quase pronta. E pediu a seus filhos e filhas que fizessem os acabamentos conforme os gostos deles, cuidassem da casa com sabedoria e vivessem nela com espírito de união e partilha. Como verdadeiros irmãos e irmãs!
Mas a vontade do Pai não foi respeitada. Cada um quis fazer de seu jeito e conforme seus interesses egoístas. E nasceu confusão, bagunça, intrigas…
Alguns invadiram os quartos dos outros que acabaram fechando portas e janelas. Alguém roubou a chave da cozinha para ninguém entrar. Pisaram as flores do jardim e cortaram as árvores de frutas. Alguém foi até expulso de casa. O pai triste e preocupado não deixava de enviar cartas e mensagens e de fazer visitas frequentes, sempre dando conselhos e apontando o caminho certo.
Teve poucos resultados.
E quando as coisas pioraram ainda mais, tomou a decisão: morar junto dos seus filhos e filhas. Infelizmente não foi bem recebido, teve que se colocar no fundo do quintal. E daí, com sua presença, com suas palavras e um grande exemplo de amor, tentou ajeitar as coisas e fazer compreender que uma casa é bonita quando nela reina o amor, o respeito e a justiça. Alguns o seguiram, muitos o recusaram.
Sem comentários:
Enviar um comentário