sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ENTREVISTA COM O CARMELITA JOÃO DE SOUSA, MISSIONÁRIO


[No dia 14 de Outubro, p.p., encontrei-me com o Padre João de Sousa, no nosso convento de Braga. Como em outras vezes voltamos a falar da sua vida missionária. Falou sem relutância. Perguntei coisas que já sabia, para confirmar. Como bem sabia que se lhe pedisse talvez não deixasse publicar, não pedi. No fim pedi-lhe a bênção; agora terá de perdoar-me por publicar esta conversa sem licença. Frei João Costa.]

P. João de Sousa, quando regressaste das Missões?
Em fins de Janeiro ou inícios de Fevereiro de 1980.

Estiveste em Moçambique. Qual foi a missão em que estiveste?
Estive em três sítios diferentes: Freixiel, Madragoa e Xaixai.

Estiveste sozinho?
Um missionário nunca está sozinho. Chegamos a ser cinco missionários carmelitas portugueses. O P. Ângelo Ferreira, o P. Alfredo Bento, o Irmão Matias, o Irmão Manuel Vieira e eu.
O P. Ângelo foi em Dezembro de 1968 e eu parti no Infante D. Henrique no dia 4 Janeiro de 1969. Naveguei durante 16 dias! Chegar a Lourenço Marques foi um desafogo!
E estive nas Missões 11 ou 12 anos.

Qual era o teu trabalho?
Era o trabalho de qualquer missionário: prover a dignidade humana e a vida espiritual e litúrgica da Missão. Para isso cheguei a dar aulas de matemática na Escola Secundária!

Como era a Missão?
A Missão era a menina dos olhos do sr. Eng. Trigo de Morais, de Vila Flor. Era um grande amigo da Ordem. Chamou em primeiro lugar as Irmãs Carmelitas, a quem ele tinha imenso amor. Foi ele quem fez o Carmelo e tudo.
Ele superentendia a obra do desenvolvimento do Ultramar, por isso tinha facilidade em gerir o processo. E como sempre desejou levar uma comunidade orante para lá…

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