sexta-feira, 16 de outubro de 2009

«Somos todos contemporâneos do Ressuscitado»


"Muita gente, nas nossas paróquias, escolas e movimentos, permanece firmemente agarrada aos valores evangélicos, sobretudo aqueles que temos em comum com todos os homens de boa vontade, tais como a liberdade, a justiça, a paz, a solidariedade, o respeito pela criação. Mas este culto dos valores está separado do culto da pessoa viva de Cristo, e manifesta-se no deficit da oração, da adoração, da prática sacramental. Cristo é então relegado para um discurso no passado e na 3.ª pessoa, do género: «ele disse isto», «ele fez aquilo». Neste discurso, há uma ausência significativa do vocativo da oração e do encontro sacramental. Um tal cristianismo, reduzido a uma ética, não pode resistir muito tempo. Somos todos contemporâneos do Ressuscitado. Não simples continuadores. Ele está connosco todos os dias (Mt 28,20), presidindo-nos, precedendo-nos, chamando-nos e enviando-nos, implicando-nos na sua missão. A igreja é a esposa de Cristo. Não a sua viúva nem a sua filha."

[D. António Couto]

Sem comentários: