terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Missão continua







A minha missão…
Moçambique, terra repleta de sonhos, de magia, de esperança, de humildade, de serenidade. Povo que transpira o sabor desta vida cheia de paz, desta vida humilde, desta vida pobre... transpira cultura, transpira magia, sabedoria, transpira uma riqueza que jamais acabará! Esta terra, repleta de paixões, de amor, no qual me rendi totalmente!

Chamo-me Márcia, tenho 20 anos. Sempre tive um sonho, um sonho maravilhoso, que apenas aos 19 anos pude ver realizado!

Sonho e logo se fará vida!
E foi assim com a ajuda de Deus, nosso Pai e mediada pela Ordem dos Carmelitas Descalços, que consegui concretizar um desejo desde há muito sonhado, um sonho de poder dar um pouco de mim, um sonho de entrega, um sonho com cheiro e cultura diferente, um sonho de amor.

Um sonho e uma missão de Amor…
A minha estadia por estas terras africanas foram, são e serão inexplicáveis. Ao longo de 8 meses trabalhei num orfanato que se situava em Matutuine, Bela-vista, Moçambique, este como nome orfanato Missão S. Roque, tem cerca de 37 crianças internas que vivem no orfanato, sendo o seu próprio lar, a sua própria casa. Eles estudam, brincam, trabalham, lutam para um dia serem alguém. O orfanato tem 117 de existência, sendo a missão mais velha da arquidiocese de Maputo já passaram por lá muitas pessoas, muitas histórias, muitos acontecimentos. Mas esta a minha vez de contar e testemunhar.

6 meses depois…
Ainda não me é fácil falar, lembrar nem contar a minha maravilhosa missão, foram 8 meses intensivos, só eu e aquele povo, só eu e aquelas crianças, Só eu e Deus! Confesso que foi uma experiência de vida, uma experiencia gratificante, algo que nunca irei esquecer, algo que permanecerá no meu coração para sempre, porque aprendi a amar, aprendi a respeitar, aprendi a viver, aprendi a valorizar as pequenas grandes coisas vida. Sim, aprendi. Aprendi com as crianças mais fantásticas do mundo, que sonhar é a melhor coisa da vida. Com esta minha família, que me aceitou de braços abertos, aprendi a ser mãe.

Vivi sem ter estas questões materialistas que logo nos são impostas quando nascemos, vivi a base do amor, vivi para amar!

Desejo, quero e sonho voltar novamente, algo de mim ficou lá, naquelas terras e principalmente com as minhas criancinhas, com aquela minha família, com os meus filhos! Sem dúvida foi a melhor experiência até ao dia de hoje!

O meu grande KANIMANBU! (obrigado)
Márcia Silva

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