terça-feira, 11 de novembro de 2008

Estou disposta a tudo!


Nome: Laura Vaz
Localidade: Aveiro

1- Sois missionárias? O vosso coração missionário é grande? Grande como?
Pertenço ao grupo “ITE”, leigos Missionários Carmelitas Descalços do Convento do Carmo de Aveiro. Com eles fiz caminhada e tento ser missionária. Todos somos missionários. Eu ainda tenho um longo caminho pela frente. O meu coração missionário é do tamanho de qualquer humano, contudo tem uma particularidade que é a vontade de amar e servir! A vontade de amar e servir é muita e espero que com a oração pessoal e unida a todos vós seja um pouco mais fácil vencer as adversidades que surgirem. Tenho consciência das minhas limitações, de que por vezes o caminho é difícil, mas aprendi no escutismo que impossível nada é de modo que quero dar um pontapé ao IM e tornar tudo possível. Estou expectante mas com um coração aberto e para amar. Estou com uma vontade enorme de partir.

2- O que é para cada uma de vós ser missionária?«É dar-me sem medida, é combater sem cuidar das feridas…» como diz uma oração escutista. No que depender de mim, no que me for pedido, no que for o meu trabalho de cada dia. Com ajuda de Deus nosso Pai, meu maior amigo e com a ajuda de todos irei vencer as dificuldades.

3- Como nasceu em vós o desejo de ir para a Missão de S. Roque?
O desejo de partir em Missão é antigo. Desde muito nova foi crescendo em mim esta vontade. Não a consegui concretizar por vários motivos. Tive dois filhos, a minha missão durante muitos anos foi outra. Em primeiro lugar tive que colocar a minha familia em primeiro lugar. Hoje os meus filhos, o Hugo de 30 anos e o André de 26 anos, caminham por eles… eles são o meu orgulho. Sou de facto uma mãe feliz. Os meus filhos apoiam esta iniciativa, o que prova o amor que tem por mim e isto manifesta-se na preocupação da minha ida. E eu com eles me uno. Chegou a minha vez de ajudar outros a serem Homens, como hoje são os meus filhos. Nada é nosso. A obrigação dos pais é capacita-los para a vida. Eis a minha missão.

4- O que vos move ir para terras de Missão?
Ajudar outros, ajudar as crianças da missão a crescerem. A serem homens e mulheres com letra grande. E isto só se consegue depositando amor em tudo o que fazemos. É dar colo e receber este colo. É ser mama.

5- Qual vai ser o vosso trabalho na Missão de S. Roque?
Ensinar e aprender. Estou disposta a tudo, a cozer botões, fazer bainhas, remendos, bordar, costurar, ajudar nas tarefas de casa, nos trabalhos escolares, na agricultura…

6- Que palavras deixam aos jovens kanimambo?
Desejo que a vossa vontade de ser missionários cresça cada vez mais. Não é «dando que se recebe?» que continueis a amar e que os vossos corações semeiem o amor que trazeis. Que vos continueis a reunir como jovens missionários, como ontem vos vi. Não desistais de caminhar. Ontem fiquei emocionadíssima com o acolhimento, com a partilha, com a forma como tudo estava preparado. Obrigada. Foi lindo… lindo… Kanimambos um abraço como o de ontem vos deixo… vossa amiga que vos leva no coração, Laura Vaz.

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