segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Orar nos dias de angústia

«Quando Cristo conhece a solidão, a angústia, quase o abandono do Pai, uma palavra brota dos seus lábios: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?» (Mt. 27, 46) Não é um abandono total, mas Cristo experimenta o sofrimento e a angústia que moram muitas vezes no coração do homem.
Tal é a psicologia do sofrimento: sentir-se só, pensar que ninguém nos compreende, crer-se abandonado. É por causa desta solidão que o Cristo nos deixou a sua palavra como oração, como religião, como fé no verdadeiro Deus.
Não digamos: Deus não respondeu àquele meu pedido, portanto não rezarei mais. Deus existe e ele existe quanto mais tu estás longe dele; Deus encontra-se ainda mais perto de ti quando tu o crês mais longe e surdo à tua oração…
Possa este grito do Cristo nos ensinar que Deus é sempre nosso Pai, que ele jamais nos abandona e que nós estamos mais perto dele do que julgamos.»
[D. Oscar Romero (1917-1980)]

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