quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ENTREVISTA COM A IRMÃ CIDÁLIA, MISSIONÁRIA


9. A presença das Irmãs Carmelitas Missionárias é uma presença simbólica, testemunhal? Fale-nos de si, de vós em terras de Missão: quais são os projectos futuros.

[Estar sempre abertas às necessidades]


Quando as Carmelitas Missioná­­rias foram convidadas pelos Padres Carmelitas a colaborar no Malawi, de facto era para ser uma presença de Igreja, para ser sinal de comunhão na Igreja. Como missionárias o nosso primeiro trabalho foi evangelizar nas aldeias da Missão. Nessa altura as irmãs eram heróicas! Deslocavam-se aos locais mais remotos, não apenas para ajudar a cuidar das almas mas também dos corpos. Nós somos alma e corpo, somos uma unidade; foi necessário abrir um pequeno hospital na Missão para cuidar da saúde do corpo e validar o anúncio da Boa Nova. A África é um continente doente, é um lugar onde existe muita doença. Um grupo de irmãs dedicou-se à catequese, à evangelização mais directa e outras dedicaram-se a cuidar do corpo. Ainda continuamos com essa actividade. Presentemente estamos na fase da promoção espiritual, retiros e acompanhamento espiritual. A nossa vida de missionárias carmelitas é estar sempre abertas às necessidades da Igreja e da população. E vamos dando resposta na medida do que vai surgindo. Hoje uma das grandes necessidades é atenção aos órfãos. Como missionárias, somos mulheres consagradas à oração, à contemplação e à missão activa. Procuramos compaginar isto dedicando-nos às nossas actividades. Os projectos futuros são simples: nós, as irmãs europeias já vamos avançando em idade. O Senhor também já nos deixa ver algum fruto do nosso trabalho: já temos muitas irmãs nativas, pelo que os projectos futuros consistirão em fortalecer a sua formação a fim de que sejam elas a assumir o carisma missionário carmelitano no contexto do uma trabalho da Missão. Estou convencida que o seu trabalho e dedicação serão melhores que o nosso, porque elas conhecem o seu povo; elas são sangue daquele sangue, encontram-se no seu próprio meio cultural, e como Carmelitas estão abertas às necessidades da Igreja, estão muito dispostas a colaborar.

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